WhatsApp pede que usuários atualizem app após descobrir falha de segurança

WhatsApp pede que usuários atualizem app após descobrir falha de segurança

Publicado em

Brecha permite que invasores tenham acesso ao conteúdo do aparelho.


O aplicativo de mensagem instantânea WhatsApp, de propriedade do Facebook, informou na segunda-feira (13) que detectou uma vulnerabilidade em seu sistema que permitiria que hackers instalassem de maneira remota um tipo de "spyware", um software espião, para ter acesso a dados do aparelho, em alguns telefones.
A empresa confirmou em comunicado à imprensa a informação publicada horas antes pelo jornal britânico "Financial Times" e pediu a todos os 1,5 bilhão de usuários em todo o mundo que "atualizem o aplicativo para sua versão mais recente" e também mantenham seu sistema operacional atualizado "a fim de proteger contra possíveis ataques destinados a comprometer as informações armazenadas em dispositivos móveis".
 

Passo a passo para atualizar o app
 
 

  • Entre no Google Play Store, no caso do Android, ou na Apple Store, no caso do iOS (iPhone);
  • Use a busca para procurar o aplicativo do WhatsApp e clique em atualizar;
  • Clique no aplicativo e verifique se o número da sua versão é igual às mais seguras divulgadas pela empresa (veja abaixo)
     
    Observação: se você fizer os passos acima e não encontrar a opção de atualizar é porque seu aparelho pode estar configurado para atualização automática de aplicativos e já realizou o download da nova versão.
    A última atualização foi disponibilizada nesta segunda-feira (13). É possível ver na Google Play e na AppStore qual versão está instalada no seu aparelho.
    Segundo um comunicado divulgado no Facebook, a brecha de segurança afeta as versões do app anteriores a estas:
     
  • WhatsApp para Android v2.19.134;
  • WhatsApp Business para Android v2.19.44;
  • WhatsApp para iOS v2.19.51;
  • WhatsApp Business para iOS v2.19.51;
  • WhatsApp para Windows Phone v2.18.348;
  • WhatsApp para Tizen v2.18.15.
     
    O WhatsApp, que foi adquirido pelo Facebook em 2014, afirmou que "dezenas" de telefones foram alvos do ataque e que as vítimas foram escolhidas "especificamente", de maneira que em princípio não se trataria de um ataque em grande escala.

     

Quem fez o ataque?
 
Não se sabe quem realizou os ataques, mas o software espião que foi instalado nos telefones "se assemelha" à tecnologia desenvolvida pela empresa de cibersegurança israelense NSO Group, fornecedora de governos e agentes de segurança.
Ao G1, um porta-voz do NSO Group afirmou que o software da companhia é licenciado para governos e agências estatais para lutar contra criminosos e terroristas.
"A companhia não opera o sistema que disponibiliza e, depois de uma análise séria, fornece o dispositivo para que agentes estatais e governos possam utilizar essa tecnologia para dar suporte a suas missões públicas", disse. "A NSO não poderia e nem usaria sua tecnologia para atacar qualquer pessoa ou organização".
A vulnerabilidade no sistema, para a qual o WhatsApp lançou uma atualização na segunda-feira, foi detectada no início de maio, quando a empresa trabalhava para melhorar a segurança das chamadas de áudio. Por enquanto, não se sabe quanto tempo duraram as atividades de espionagem.
 

  • Software espião de celular destinado à polícia 'provavelmente' foi usado no Brasil, diz relatório canadense
  • Sistema também foi usado contra jornalistas no México, dizem pesquisadores

 
Os hackers faziam uma ligação através do WhatsApp para o telefone cujos dados queriam acessar e, mesmo que o destinatário não respondesse à chamada, um programa de spyware era instalado nos dispositivos.
Em muitos casos, a chamada desaparecia mais tarde do histórico do aparelho, de modo que, se ele não tivesse visto a chamada entrar naquele momento, o usuário afetado não suspeitaria de nada.
 

WhatsApp: o que fazer para se proteger
 
 

Vítimas da espionagem
 
O WhatsApp assegurou que, logo após tomar conhecimento dos ataques, alertou organizações de direitos humanos (que estavam entre as vítimas da espionagem), empresas de segurança cibernética e o Departamento de Justiça dos EUA.
O fato de algumas das organizações afetadas serem plataformas de defesa dos direitos humanos reforça a hipótese de envolvimento do software do Grupo NSO, uma vez que programas da empresa já foram utilizado no passado para realizar ataques contra esse tipo de entidade.

O NSO Group opera de forma obscura e, durante muitos anos, desenvolveu secretamente spywares para seus clientes, entre os quais governos de todo o mundo, que os utilizam para acessar dispositivos móveis e obter informações.
O spyware teve capacidade para infectar telefones com sistema operacional da Apple (iOS) e do Google (Android).

Praia Grande Cidade 02/12/2024 às 07h04 Brasil

Veja Também

Comentários

Adicionar Comentário
sentiment_dissatisfied

Opsss... Ainda Não Temos Comentários Para Exibir!

Deixe Seu Comentário

Faça Sua Avaliação!