Polícia de SP quer ouvir mulher que acusa Neymar de estupro para saber sobre 2º encontro

Polícia de SP quer ouvir mulher que acusa Neymar de estupro para saber sobre 2º encontro

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Em boletim de ocorrência registrado semana passada ela não mencionou segundo encontro que teve com jogador em Paris.


A polícia de São Paulo quer ouvir mais uma vez a mulher que acusou o jogador Neymar de estupro. A delegada Juliana Lopes Bussacos quer esclarecer algumas questões que ficaram em aberto sobre o caso.
No boletim de ocorrência que a denunciante registrou na sexta-feira passada (31), não há nenhuma menção ao segundo encontro que teve com Neymar em Paris - na noite seguinte à do suposto estupro que ela relatou.
Segundo o pai do jogador, esse encontro foi no mesmo hotel da véspera. Neymar teria ficado com ela durante 10 minutos. Ao entrar no quarto, o jogador teria notado que havia um celular apoiado na parede, carregando - e que o aparelho estava filmando.
LEIA TAMBÉM: Ex-advogados de mulher que acusa Neymar dizem ter certeza da agressão e que autoridades podem decidir se houve estupro


O pai de Neymar relatou assim os acontecimentos daquele encontro:


"Ela agride ele, ele se joga para a cama e tenta acalmar ela. Pede para ela não criar confusão. Ele acalma ela, sai do hotel e emite a passagem do retorno. Ali ele viu que podia ser uma armadilha."


Ainda segundo Neymar pai, a mulher mandou mensagem para o jogador em que afirma ter o vídeo com ela. Mas no dia do registro do boletim de ocorrência, a polícia não recolheu o celular da mulher - onde estariam essa suposta gravação, além das trocas de mensagens com Neymar.

A polícia também não recolheu o laudo médico obtido pela denunciante.
Uma semana depois do encontro em que afirma ter sido estuprada por Neymar, ela procurou um especialista em aparelho digestivo. Na consulta, ela se queixou de dores abdominais, após episódio de estresse emocional. Citou ainda hematomas e arranhaduras nos glúteos.
 

Laudo aponta hematomas e arranhaduras em mulher que acusa Neymar — Foto: TV Globo/Reprodução


O laudo do médico Luiz Eduardo Rossi Campedelli diagnosticou um distúrbio estomacal, um transtorno ansioso e depressivo, além de traumatismos superficiais. Sem fazer referência às causas desses traumatismos.


Na noite desta segunda-feira (3) o Jornal Nacional teve acesso à rescisão de contrato entre o escritório de advocacia que cuidava inicialmente do caso e a cliente. O advogado José Edgar Bueno confirmou a autenticidade do documento.


Um dos trechos diz que:


"No dia 31052019, registrou um boletim de ocorrência no qual capitulou o fato ocorrido como "estupro", ou seja, alegação totalmente dissociada dos fatos descritos por você aos nossos sócios, já que sempre afirmou que a relação mantida com Neymar Jr. foi consensual, mas que durante o ato ele havia se tornado uma pessoa violenta, agredindo-a, sendo esse o fato típico central (agressão) pelo qual ele deveria ser responsabilizado cível e criminalmente”.


E continua:
"Por raiva ou vingança, v. Sa. Relatou no B.O. registrado em 31/05/2019 fatos descritos em desacordo com a realidade manifestada aos seus patronos -- os advogados-- ou seja, compareceu à delegacia, relatando que teria sido vítima de estupro, quando, na realidade que nos foi demonstrada e ratificada por várias vezes, V. Sa. teria sido vítima de agressões."
 
O advogado José Edgar Bueno também confirmou a autenticidade de um diálogo anterior, numa troca de mensagens com a então cliente dele.


Mas, num determinado momento da conversa, a clientes afirmou:
"Por que a gente não joga logo na mídia pra acabar com a carreira desse pipoqueiro logo de vez? Ele me espancou e me estuprou."


E o advogado responde:
"Calma. Isso logo depois de apresentarmos a denúncia."


O Jornal Nacional perguntou ao advogado por que não manifestou nenhum estranhamento diante da afirmação dela de que tinha sido vítima de estupro.


Por telefone, ele deu a seguinte explicação:


"Primeiro que não era apropriado eu ficar fazendo discussão técnica com o cliente por WhatsApp né? Não vou ficar fazendo discussão técnica por WhatsApp para ficar estendendo a conversa. Então se o cliente fala, tal, eu deixo ele falar, mas do ponto de vista técnico, desde o início o que nos foi apresentado e as evidencias que eu verifiquei era de que poderia ser um caso a ser investigado de agressão e não de estupro, tá?"


O advogado de Neymar, André Tanabe, esteve nesta terça-feira (4) na delegacia para saber detalhes do inquérito que investiga a denúncia de estupro. A mulher que acusou Neymar tinha sido intimada para prestar novos esclarecimentos no fim da tarde desta terça, mas alegou que não tinha condição de falar e ficou de marcar uma nova data ainda nesta semana.

FONTE https://g1.globo.com

Praia Grande Cidade 02/12/2024 às 06h58 Brasil

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